A guerra das casas (06/09/07)

Acordei na manha seguinte ainda cansada da viagem e da péssima noite anterior. Descemos para tomar o pequeno-almoço, qual não é o meu espanto, que vejo o serviço de pequenos-almoços deste belo hotel, mas pronto...
La tomamos o pequeno almoço e seguimos em direcção á seguridad social, para receber um numero.
Travei conhecimento, com uma senhora na rua que me disse que me devia dirigir á Comunidad Madrid, que iria encontrar um quarto de certeza, mas tal não aconteceu, tinham que ser duas ou mais pessoas para alugar um apartamento, ora se eu estou sozinha, não me arranjaram nada :( , mas indicaram-me o caminho para a cidade unviversitaria, onde poderia encontrar anuncios sobre quartos a alugar. Fomos lá, e realmente estavam la uns quantos, mas grande parte so aceitava alunos do curso X ou Y.
No meio desses anuncios, encontrei um cujo o dono estava a acabar de o colar no placard, marcamos para as 18:30 do mesmo dia.
Depois fomos almocar ao burger king ( fiquei muito feliz quando o encontrei).
Após o almoço fomos á primeira casa. Nessa casa entrava-se pela cozinha, o quarto era uma real miseria, iria morar com uma senhora de setenta e muitos anos e a sua sobrinha arquitecta :s. Fiquei um pouco triste pq aquele sitio era prefeito a 2 min do trabalho, ja tinha imaginado que era com mais 3 raparigas e que ia ser fixe, e no fim sai-me aquilo...
Segui no metro para a casa que ja tinha falavo previamente com o dono e tinhamos marcado para esta tarde. Saio do metro uma zona muito fixe, com corte ingles e lojas etc, procuro a casa , toco á porta e entro. Ja sabia de ante-mão que o apartamento tinha duas raparigas, uma delas italiana, o que poderia correr mal?
Assim que entrei, uma rapariga que estava a ver a casa quis ficar lá e eu não tive opção de escolha senão ir-me embora com o dono da casa a dizer 'yo siento'. Mais uma desilusão nesse dia. Seguindo para a proxima, recomendada pelo trabalho. Longe para xuxu, lá saimos do metro e eis que, aterrámos num bairro social terrivel mas com um jardim giro em frente. Procurei a casa, e entrei, uma familia de peruanos alugava um quarto. Esse quarto só tinha uma cama e uma secretaria, Essa secretaria estav aos pes da cama, mas literalmente aos pes da cama, não cabia uma mosca entre o fim da cama e a secretaria, fiquei louca...
Ainda para mais iria morar com um marmajo de 20 e tal anos, não mto obrigada!
Aqui sim, fiquei de rastos, só tinha direito a mais uma noite no hotel pago pela empresa, não tinha encontrado nada de jeito, e não tinha mais anuncios para o dia seguinte. O desespero foi tal, que até soluçava do xoro :( (Devem achar que sou uma parva).
Fui conhecer a tal amiga da Teresa, que so me iria poder ter la em casa durante o mes de setembro, enquanto uma amiga dela não dava a resposta se queria ou nao morar com ela.
Combinámos á saida do metro Plz eliptica, e ela veio ter conosco. Eu de olhos inchadissimos só conseguia pensar "Tu não te ponhas neste pranto senão ela vai pensar que tu es uma louca deprimida".
Ela foi super simpatica, disse-me que eu podia ficar lá, mostrou-me a sua casa, acabada de remodelar, disse que me ia ajudar e que era perfeitamente normal os meus nervos, nisto, claro que abri as torneiras para não mais as fechar. Cada coisa simpatica que ela me dizia, la começava eu no pranto de novo.
É nesta altura que começo a pensar senão terei dado um passo maior que a minha perna
Será que fiz bem em aventurar-me assim?
Será que se desistir agora, não vou ser uma eterna frustada?!
Será que este esforço me vale de alguma coisa?!
As palavras da veronica confortaram-me a animaram-me um pouco, ela dizia "Ana este é o teu ano!"
Mas e será mesmo...
Neste momento pensei na Lu, ela me disse uma vez " És o meu angel portugues, um dia que emigres de certeza que haverá uma Ana na tua vida tambem para te ajudar"
Será a veronica esse "angel"...
Tantas perguntas sem resposta, cada vez que penso nelas sinto uma dor de estomago e um aperto no peito que chega a doer :(
Continuo na esperança de vir a rir desta parvoice toda